terça-feira, maio 18, 2010

nem só de putas vive o homem I



inda fazíamos jus aos nomes que as goelas roucas, bradavam. nomes lindos do mais baixo calão. nos riamos inteiras em derrame, plenas e orgulhosas. havia em nosso riso uma alegria de dever cumprido, realização, satisfação total de nosso cliente preferido. rabiscávamos as calçadas com nossos sapatos e era tão maravilhoso caminhar sob nossos próprios pés, era como estar no controle da coisa, nossos pés sempre foram as rédeas do nosso corpo. fácil mesmo era seguir garrafas e gente que não se podia mais seguir, tudo era pela felicidade e a queríamos em todos os poros, buracos... inventávamos cavidades para entulhar lá dentro todas as desgraças necessárias para um bom gozo.

terça-feira, maio 11, 2010