quinta-feira, julho 31, 2008

talvez tudo!

ontem, no boteco com a jú.
jú sente muita falta de deus.
e sentir falta é ruim. bem ruim...
então, entra o único homem que nos entende. (cfa)
talvez um voltasse, talvez o outro fosse. talvez um viajasse, talvez outro fugisse.
talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...)
talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. talvez algum partisse, outro ficasse. talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. talvez tudo, talvez nada.


...

dias



cinco dias em chapada, ciceroneando um querido.
muitas cachoeiras, paredões, risadas e cerveja, eu tava precisando disso... obrigada dú.
quinta feira passada, foram 230 pessoas lá no chorinho.
– eu, feliz? rá!
mas como sem um porem a vida não tem a menor graça, sexta feira, que era o dia de cantar na casa fora do eixo, foi um desastre... showzinho bonito, a galera gostando e chegando, não mais que de repente...2 viaturas com 5 homens armados, um perito e um técnico fecharam a casa.
motivo : barulho. paramos tudo e fomos beber no bar mais próximo. o bacana da maturidade é que a gente dá muita risada dessas coisas...
acreditam que tem umas duas malas ainda que eu nem desfiz lá de curita?
sede de ir embora.
preciso de um cafuné.
alguém?

segunda-feira, julho 21, 2008

...

Não, meu bem, não adianta bancar
o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo...

quarta-feira, julho 16, 2008

"deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente...
sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?”

trechos de para uma avenca partindo
caio fernando abreu

terça-feira, julho 15, 2008

saudade

é preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
é preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
é preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato...
e eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
quintana