terça-feira, novembro 09, 2010
festival calango!
segunda-feira, outubro 25, 2010
de quando se quer escutar.
domingo, outubro 17, 2010
do quanto se quer.
sexta-feira, outubro 01, 2010
de quando não se pode ter II
quinta-feira, setembro 09, 2010
dos lugares que dá pra andar
na tonga da mironga do kabuletê
domingo, agosto 22, 2010
segunda-feira, junho 07, 2010
terça-feira, maio 18, 2010
nem só de putas vive o homem I

inda fazíamos jus aos nomes que as goelas roucas, bradavam. nomes lindos do mais baixo calão. nos riamos inteiras em derrame, plenas e orgulhosas. havia em nosso riso uma alegria de dever cumprido, realização, satisfação total de nosso cliente preferido. rabiscávamos as calçadas com nossos sapatos e era tão maravilhoso caminhar sob nossos próprios pés, era como estar no controle da coisa, nossos pés sempre foram as rédeas do nosso corpo. fácil mesmo era seguir garrafas e gente que não se podia mais seguir, tudo era pela felicidade e a queríamos em todos os poros, buracos... inventávamos cavidades para entulhar lá dentro todas as desgraças necessárias para um bom gozo.
terça-feira, maio 11, 2010
quinta-feira, abril 29, 2010
terça-feira, abril 20, 2010
você quer vê? escuta. II
quinta-feira, abril 15, 2010
terça-feira, abril 13, 2010
noite
.a solidão num bar a noite quente o tédio sufocante
um gesto descuidado a frase inconseqüente o riso provocante
no rosto o desafio o olhar macio e imponente
seu jeito de criança entrando em minha vida imperiosamente
o anseio arrebatado e torturante o corpo impaciente a boca incendiada o seio palpitante o beijo incandescente o coração descompassado suplicante o fogo ardendo furiosamente e o gosto inebriante de um desejo urgente e devastador
a entrega obediente sempre vem o ardor dilacerante a alma adolescente o abraço alucinado um grito triunfante um louco desvario a paz chegando de repente e o pulso latejante da paixão febril cravada no meu ventre
no fim a despedida o vazio doendo persistente me vi por toda vida num silêncio frio ao te lembrar ausente e ainda que esta noite esteja tão distante a dor me faz lembrar inutilmente que fui por um instante tua para sempre.
segunda-feira, abril 12, 2010
domingo, abril 11, 2010
você quer vê? escuta.
terça-feira, fevereiro 09, 2010
de quando não se pode ter.
dançávamos pela praça. descompassados rotos e tristes. não éramos mais os mesmos. nem aqueles. eu tinha te visto um copo ou outro. e desde dali te vi em mim. sim. você me participava. eu usava um vestido verde. você me seguiu com os olhos e eu era deles. naquele dia fui condenada a esta urgência de você. minhas mãos suavam numa sala de cinema. eu. de novo. uma menina diante de um deus. você me contou que amava uma moça. eu te contei que não tinha mais coração. você riu. como se soubesse a minha angústia. entendesse a minha mentira. as coisas não nos acontecem. e ainda existe um demônio delirante de asas abertas entre nós. aflora as ventas. estufa o peito de senões. cospe gelo. certos dias dorme. sai por ai. então. somos de novo.
eu te quero tanto homem. te venero a pele alva. as pequenas mãos. o tatear manso. o anoitecer dos olhos insones. sempre prontos pra ir embora. o alinhamento exato de seus ângulos e planos. o riso surpreso. que um pouco antes de acontecer sabemos que iremos dar. e todo resto que deixo comigo.
só tenho verdadeiramente. a busca dolorosa por seu olhar. o pedido desesperado em meus poros. a teimosia de meus pés. essa dor pungente.
só que existe. ainda.
sua total ignorância dos movimentos meus.
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
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arrancar minha roupa. rasgar minha pele e me mostrar assim.
me encaixar no seu olhar. ser o destino de sua voz.
ser o equilíbrio. o cerne. o que te move. o que te dói.
ser sua desgraça. ser a pior coisa da tua vida. te destruir. te lamber as feridas.
te enfiar amor no peito. no ventre. na sola dos pés.
te passar a língua. te deixar à míngua. frouxo. inerte. em mim.
terça-feira, janeiro 05, 2010
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repousarei na tua memória